POR QUE VIM AO JAPÃO ?

 

Porque meu pai era japones e imigrou para o Brasil com o grande sonho de retornar ao Japão. Chegando no Brasil teve uma grande decepção, pois não tinha os mesmos costumes, comida e o idioma diferente. Meus pais sofreram muito, trabalhando bastante para o sustento. Como ele sofreu muito, não queria que os filhos sofressem como eles.





Meu pai sempre me ensinou que o Japão é um pais maravilhoso, tem Imperador que há várias gerações protegem o Japão, pois é um pais de muita seriedade. Foi com meu pai que aprendi o significado de YAMATO DAMASHI, o espírito japones. Então me ensinou que para seguir o caminho do sucesso, é preciso viver com seriedade, honestidade e garra no trabalho.


Assim cresci e na década de 80 o Japão se tornou a primeira Economia Mundial. Vendo essa situação, fiquei com muita curiosidade de conhecer o Japão, terra natal dos meus pais.

Assim, no dia 11 de maio 1988, pisei no solo japonês pela primeira vez.




Cheguei na fábrica e pensei que sabia o idioma japonês, mas não entendia nada. Só sabia hiragana. Senti muito envergonhado, então a primeira coisa que fiz foi ir no konbini comprar lápis e caderno e comecei a estudar sozinho pois não havia professores.


O kanji é muito dificil, então perguntava para amigos japoneses, que sempre foram gentis e me ensinavam de coração. Passei a gostar mais do Japão e do seu povo, e com mais vontade de aprender para me comunicar melhor e conhecer mais pessoas.





O kanji é difícil porque tem várias formas de leitura e interpretação. Aprendia mas não assimilava, então para não esquecer os kanjis eu escrevia no caderno e comecei a colar folhas de papel nas paredes, no banheiro, até no teto para ler na hora de dormir.


Nas ruas, lia os kanban, anotava os kanjis em um caderno, dentro do supermercado, da fábrica, todo lugar que eu ia, anotava tudo. Eu tinha força de vontade para aprender mais rapidamente.


Com um ano, comecei a ler jornal japonês. Fiquei muito contente e recebi elogios das pessoas que me ensinavam e dos colegas de fábrica. Assim gostei mais do Japão, porque conseguia entender mais o seu povo, seus costumes e sua maneira de pensar.

Quer seja no Japão ou no Brasil, qualquer lugar do mundo, sempre é preciso saber falar o idioma local.




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